O Alento -A Lenda de Arquitaurus
"Ctônia ouviu do silêncio sua herança espiritual e se pôs a respirar mais profundamente. Nunca antes sentiu tanto prazer neste ato físico.
O alento dotado de uma sobrenaturalidade bordejou suas narinas e sua boca, conforme se presta a arte dos sensitivos. Seu espírito vagou ora como névoa, ora como látego, refazendo seu caminho e suas conquistas.
Não ofertou ao futuro um único
suspiro e muito menos se impressionou ou se decepcionou com o passado.
Das longínquas palavras expressas pela voz da
vida, não pôde concretizar tudo o quanto sonhou... mas existia uma vontade que
nunca dormia, um sonho invencível que irrompia abruptamente da sinceridade; uma
certeza que avançava contra a neblina da morte....
o mistério a alcançou sem
que isso suscitasse apego, extravagância ou destino."
(Livro - A Lenda de Arquitaurus - Carlos França)