Ser Pai
É uma dádiva chamar o vento por testemunha em alguns momentos.
Depois avançar sobre a terra com os pés firmes, olhando o horizonte abençoado pela estrela da manhã de todos os dias.
As alianças afetivas são frutos de um trabalho íntimo, constante, vivo e cheios de significados, temperadas por um bem-querer que cobre o infinito, às vezes, apenas, pela força de uma mão estendida.
De outro modo, as
alianças não reconhecem seus autores ou suas necessidades. E ali se perde, não
apenas uma oportunidade de afeto, mas uma realização verdadeira.
Por isso, quando o amor abre-se no jardim do afeto filial, cultiva-se lá as flores do verdadeiro sentimento.
Ser pai é dedicar-se ao encontro do ser em complemento, é transitar como proteção e cuidado em razão da intempérie profunda e casuística do mundo, acolhendo entre as mãos, ou num abraço singelo, os ombros do segundo sagrado, o filho.
E no fundo do
peito transmitir um valor entre o ser e
a coragem. No mais e sem esforço, quando o amor sempre foi... é.
(Carlos França)

